Dissertação - Carolina Coutinho Costa Vallejos

Representação social de mulheres e homens, usuárias (os) da estratégia de saúde da família, sobre a violência

Autor: Carolina Coutinho Costa Vallejos (Currículo Lattes)

Resumo

Este estudo teve como objetivo geral analisar a representação social de mulheres e homens, usuários (as) da Estratégia de Saúde da Família de um município do Rio Grande do Sul, sobre a violência. A pesquisa foi desenvolvida em todas as 25 Unidades Básicas de Saúde da Família. Foram convidados para a etapa das evocações, 150 usuários (as), sendo três homens e três mulheres de cada unidade, conforme demanda espontânea. Na etapa das entrevistas, foram convidados 32 dos 150 usuários (as) que participaram da primeira etapa, sendo quatro pessoas em cada uma das oito unidades selecionadas previamente, mantendo-se a igualdade de duas mulheres e dois homens. A análise dos dados foi realizada por meio de dois softwares, o EVOC e IRAMUTEQ. O primeiro permitiu a construção do quadro de quatro casas e, a partir desses resultados, foi aplicada a análise de similitude que identifica as coocorrências entre as palavras do quadro, indicando a conexidade entre elas. Para esta análise, bem como para as entrevistas, foi utilizado o software IRAMUTEQ. A coleta dos dados aconteceu no período de janeiro a março de 2019. Os resultados foram divididos em dois artigos científicos. O primeiro identificou que o núcleo central de homens e mulheres que tiveram como elemento central o termo violência, porém há diferenças no local de ocorrência e os tipos de violência que cada um está sujeito. As mulheres vivenciam a violência física, verbal, entre outras, no ambiente doméstico e os homens sofrem a violência nos espaços públicos. O segundo artigo abordou duas classes que destacaram as diferenças de ser homem e mulher frente a violência e os fatores que a causam. A agressividade é introjetada, socialmente, ao sexo masculino, enquanto que o sexo feminino é considerado frágil, sensível e passivo. Vários são os fatores que geramviolência, como falta de diálogo, brigas de trânsito, ciúme, drogas, ambiente familiar, desigualdade social, preconceito e impunidade. Sendo assim, espera-se que compreender a representação social de mulheres e homens sobre a violência, sirva para criar estratégias eficazes para o enfrentamento desse problema de saúde pública.

TEXTO COMPLETO

Palavras-chave: Representações sociaisViolênciaViolência de gêneroEstratégia Saúde da Família