Dissertação - Kendra Natasha Sousa Castanha dos Santos

Percepção do acadêmico de enfermagem sobre seu conhecimento quanto ao controle de infecção hospitalar

Autor: Kendra Natasha Sousa Castanha dos Santos (Currículo Lattes)

Resumo

Introdução: A infecção hospitalar caracteriza-se por ser contraída após a internação institucional e que se manifeste durante este período ou após a alta, desde que se possa relacionar com a internação. A enfermagem tem papel fundamental na sua prevenção e controle frente ao cuidado integral ao paciente. É observada a necessidade de problematizar a temática nas instituições de formação de profissionais de saúde, possibilitando a prevenção de agravos e o fortalecimento do conhecimento científico profissional. Objetivo geral: verificar a percepção do conhecimento dos acadêmicos de enfermagem acerca do controle de infecções hospitalares. Metodologia: Estudo exploratório descritivo, de abordagem quantitativa e qualitativa. Na quantitativa foram utilizadas análise descritiva e inferencial, por meio do coeficiente de Spearman e Kruskal-Wallis com o nível de confiança de 95% (p<0,05) no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 21.0. Na abordagem qualitativa foi utilizada a análise de conteúdo segundo Bardin. Participaram 256 estudantes regularmente matriculados no curso de enfermagem. A coleta de dados foi realizada por meio de um instrumento autoaplicado. Resultados: A maioria dos acadêmicos era do sexo feminino (n=232, 90,6%), com média de idade de 25,3 anos (DP=± 7,5 anos). Observou-se que 104 (40,6%) acadêmicos já possuíam outra formação profissional. Com relação à percepção dos acadêmicos sobre o conhecimento dos tipos de infecção, os acadêmicos tiverem um conhecimento considerado médio (3,12; DP=0,23); o conhecimento sobre o controle de infecção hospitalar foi considerado bom (3,43; DP= 0,20) assim como a constituição das equipes de controle de infecção (3,41; DP= 0,16). Houve correlação estatística entre o conhecimento sobre comissão de controle de infecção hospitalar e o serviço de controle de infecção hospitalar; também houve efeito significativo entre as séries em que os acadêmicos se encontram e o conhecimento sobre infecção relacionada a saúde e infecção cruzada. Entre ações mais realizadas pelos acadêmicos de enfermagem, construíram-se cinco categorias: higienização das mãos (n=207 referências); utilização de medidas e equipamentos de proteção individual (n= 148) e educação em saúde de graduandos, profissionais, pacientes e acompanhantes (n= 108), organização, limpeza, desinfecção e esterilização dos materiais/equipamentos e ambiente hospitalar (n=72), controle de risco de contaminação (n=57). Discussão: Ao verificar as categorias obtidas nos estudos, foi possível perceber que no que se refere à comissão, ao serviço e ao programa de controle de infecção hospitalar, os acadêmicos tem um entendimento mais restrito. De maneira geral, os acadêmicos de enfermagem têm contato com conteúdo sobre gestão dos serviços de controle de infecção hospitalar, porém ainda não são capazes de diferi-los, para a aplicabilidade da prática acadêmica e futura prática profissional. Conclusões: O estudo possibilitou verificar que os acadêmicos de enfermagem sabem distinguir os tipos de infecção, mas não diferenciam os aspectos organizacionais ligados ao controle de infecção como o serviço, comissão e programa. Também pôde ser evidenciado que os acadêmicos de enfermagem estão preocupados e realizam ações para prevenir as infecções. O estudo sugere que as universidades devem estar cada vez mais empenhadas em formar profissionais preparados e críticos diante desta problemática, viabilizando melhor processamento do trabalho profissional da enfermagem, bem como fomentando o conhecimento e comprometimento em prevenir ao máximo as infecções hospitalares.

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Palavras-chave: EnfermagemControle de infecçõesProgramas de Graduação em Enfermagem