Dissertação - Vanessa Soares Mendes Pedroso

Modo de viver no domicílio após transplante renal: abordagem ecossistêmica

Autor: Vanessa Soares Mendes Pedroso (Currículo Lattes)

Resumo

Objetivou-se analisar o modo de viver do usuário transplantado renal no seu ambientedomiciliar, na perspectiva ecossistêmica. A doença renal crônica promove mudanças navida dos indivíduos por ela acometidos, e por conta disso a terapia de substituição renaltambém atinge o processo de viver do usuário. As modalidades de terapias sãoclassificadas em transplante renal e terapias dialíticas, dentre essas elenca-se ahemodiálise e a diálise peritoneal ambulatorial contínua. O Ministério da Saúde definetransplante como o procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão outecido de uma pessoa doente, por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo oumorto. A enfermagem, como responsável pelos cuidados diários pós-transplante, possuiuma importante função junto ao usuário transplantado e, também, em relação às açõeseducativas para empoderá-lo diante da nova situação. A relevância deste estudoancorou-se, nas possibilidades de, ao avaliar o modo de viver do usuário transplantadorenal detectar contribuições que a enfermagem poderia oferecer, por meio de ações quepossibilitem ao usuário uma melhor qualidade de vida no pós-transplante.Acredita-seque este estudo contribuiu, na medida em que, investigou os aspectos relativos às açõesdos enfermeiros quanto às orientações ao usuário do pré e pós-transplante. Os dadosforam relevantes para conhecer como vive o usuário transplantado renal e como oenfermeiro pode intervir, sob a forma de orientações, direcionadas para ocomportamento do usuário, contribuindo assim com o sucesso da terapia. As mudançasdecorrentes da terapêutica e, até mesmo, as limitações que lhe foram impostas pelasituação do tratamento precisam ser consideradas pelo enfermeiro e, buscar com aparticipação do usuário, as formas adaptativas mais adequadas possíveis. A propostapossui caráter descritivo e exploratório com abordagem qualitativa. Fizeram parte doestudo, 13usuários com no máximo 05 anos de transplante renal e residentes emPelotas.Em relação ao número de participantes foi observado o método de saturação dedados.A coleta de dados ocorreu de junho à setembro de 2018 e foi utilizada a entrevistasemi-estruturada através de questionário com questões fechadas e abertaselaborado,especificamente, para este estudo, após Teste Piloto. A análise dos dados foirealizada pelo método da análise temática de Minayo. Foram observadas todas asexigências éticas previstas para pesquisas com seres humanos conforme Resolução nº.466/12. Como resultado destaca-se o comportamento do usuário transplantado renal, emmuitos casos, é diferente da conduta orientada pelo enfermeiro no pós-transplante renal,entretanto, os usuários da pesquisa possuem os enxertos renais em funcionamento.Observa-se que, para algumas orientações recebidas, houveram mudanças no modo deviver do usuário transplantado renal, indicadas como respostas adaptativas do usuário,para adaptar o seu modo de viver às restrições/mudanças que o transplante renalprovocou em sua vivência.

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Palavras-chave: Transplante de rimUsuário transplantadoComportamento do transplantadoCuidados de enfermagem